Evolução Histórica
A origem de Arazede é anterior à Nacionalidade. A primeira referência documental é feita no testamento de D. Sisnando, conde de Tentúgal e primeiro governador de Coimbra, que no seu testamento, datado de 1087, a manda povoar e lega à igreja de S. Miguel de Milreus. Em 1112, Sandim Gonçalves, senhor de Arazede, doou a vila ao Mosteiro do Lorvão; em 1162 o couto era duplo: parte pertencia ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e parte ao território de Montemor-o-Velho.
No século XIII era couto da Universidade de Coimbra, e no século XIV o seu donatário era o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. O foral concedido por D. Manuel I em 1514 ao Mosteiro de Santa Cruz refere, entre outros coutos, o de Arazede; também no foral manuelino de Montemor-o-Velho a povoação vem referenciada. Em 1747 continua a ter dois donatários: a Universidade e o Bispado de Coimbra.
Em 1781 constitui-se como concelho, em 1832 pertence, para efeitos judiciais, à comarca da Figueira da Foz. Em 1840 é anexada ao concelho de Cadima e, com a extinção deste em 31 de Dezembro de 1853, a freguesia passa a pertencer definitivamente ao concelho de Montemor-o-Velho.
Por Decreto-Lei nº 46/88 de 19 de Abril, Arazede adquire novamente a categoria de vila. Ainda na freguesia merecem referência, pela antiguidade e importância, os lugares de Vila Franca e Amieiro; este último foi reguengo da Casa de Aveiro, concedido por D. Manuel I em 1501 a D. Jorge, duque de Coimbra.

Fontes:
INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 (Resultados Definitivos)
Montemor-o-Velho um Município a Conhecer (CD-ROM Interactivo)
Augusto Santos Conceição – Terras de Montemor-o-Velho, 1944
Correia Góis – Montemor-o-Velho. A Terra e a Gente, 1995
Maria Helena Cruz Coelho – O Baixo Mondego nos Finais da Idade Média, 1983
Nelson Correia Borges – Coimbra e Região, 1987

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